Antiquário viraliza com vídeo de fogões antigos que custam até R$ 1,4 mil: 'Mais lindos que os de hoje'
04/11/2025
(Foto: Reprodução) Antiquário viraliza com vídeo de fogões com 'asa': 'Mais lindos que os de hoje'
Um antiquário localizado em Quirinópolis, região sudoeste de Goiás, viralizou nas redes sociais com o vídeo de fogões "de asa", comuns nas décadas de 1950, 1960 e 1970 (veja o vídeo acima). Nos comentários, os internautas ficaram encantados com a beleza das peças, que despertam nostalgia em quem já teve um fogão como estes na cozinha de casa.
"Eram mais lindos que os de hoje", escreveu uma internauta.
O vídeo foi publicado nas redes sociais no dia 22 de outubro e conta com 1 milhão de visualizações. Nas imagens, quatro fogões de asa, nas cores azul, amarelo e laranja, estão expostos na frente do antiquário, decorados com panelas e panos de prato, como se estivessem em uso naquele momento.
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Internautas encheram os comentários da publicação com lembranças da infância e perguntas sobre o preço e a disponibilidade dos fogões. As peças anunciadas pelo Antiquário Casa Relíquia custavam entre R$ 990 e R$ 1.490, mas já foram todas vendidas.
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"Minha mãe tinha um vermelho, fogão vermelho, geladeira vermelha e armário vermelho e o piso ainda era vermelho, bem encerado que chegava brilhar, era lindo de ver", lembrou uma internauta sobre a moda de combinar a cor dos eletrodomésticos.
Fogões antigos de antiquário em Goiás viralizam na web
Reprodução/Casa Relíquia
Em outros comentários, as pessoas dizem sentir falta dos fogões tanto bela beleza, quanto pela praticidade das "asinhas". "Queria muito que voltasse à moda esse modelo. Essas abinhas dos lados, ajuda bastante. Serve de apoio", ressaltou uma usuária.
De acordo com Tallyne Lima Nunes, de 26 anos, que trabalha no antiquário, os fogões ainda funcionam porque são "peças que não acabam", pela qualidade dos eletrodomésticos mais antigos.
"Os fogões se tornaram o nosso maior sucesso. Esgota no mesmo dia. [...] Tem aquela questão da memória afetiva, todo mundo já teve um desse em casa, a mãe ou a vó já teve e tem aquela história: 'Eu já bati a cabeça nessa asinha'", brincou.
Fogões, porcelanas e cristaleiras
Segundo Tallyne, a empresa familiar pertence à sogra dela e começou há 7 anos, quando a dona do negócio vendeu uma cômoda da própria casa para uma vizinha.
A partir daí, ela percebeu o interesse das pessoas pelos móveis antigos e começou a procurar mais peças para montar um negócio. Para além dos fogões, Tallyne explica que o antiquário trabalha com peças clássicas e vintage, que são realmente de época, diferente de peças retrô, que imitam um estilo antigo.
"Todas as peças que nós temos hoje são peças centenárias, da década de 30, 40, 50, madeira nobre, muitas peças com o selo de fabricação de quando a nossa moeda ainda era réis. São peças que têm história", ressaltou.
No perfil, estão anunciados um conjunto de seis cadeiras entalhadas manualmente, porcelanas e cristaleiras, tapeçarias, guarda-roupas e outros móveis. Segundo Tallyne, o antiquário conta um acervo de 10 mil peças, que custam de R$ 200 a quase R$ 27 mil.
Cristaleira e conjunto de cadeiras anunciados no antiquário em Goiás
Reprodução/Casa Relíquia
Veja os preços de algumas peças do antiquário:
Conjunto de seis cadeiras medalhão duplo: R$ 8,4 mil
Serviço para chá de porcelana polonesa da década de 1950: R$ 1.380
Namoradeira Louis XV da década de 1940: R$ 6,9 mil
Cristaleira francesa em design Bombê: R$ 26,9 mil
Tallyne explica que a movimentação nas redes do antiquário começou há três anos e que a resposta dos clientes tem sido muito positiva. De acordo com ela, o que causa esse encantamento nas pessoas é o resgate das lembranças.
Namoradeira e conjunto de porcelana anunciados no antiquário, em Goiás
Reprodução/Casa Relíquia
"São peças que trazem todo um retrato de décadas passadas, que foram feitas no casamento dos pais e que passaram para os filhos e para os netos e hoje estão aqui, em perfeito estado. A gente gosta muito de preservar isso, porque tem muita gente que não conhece", conta.
Ela ressalta que essa história contada através das peças está se perdendo com o tempo, muito pela mudança de estilos e técnicas de fabricação.
Entretanto, segundo ela, peças como as do acervo da Casa Relíquia conseguem trazer de volta essas lembranças e também apresentá-las à juventude de hoje. "Quando a gente traz esses detalhes, essa história, mexe muito com o afeto [...] É algo que fica, que a gente viveu", lembra.
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